sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

POLÍTICAS PÚBLICAS: O ORIENTADOR EDUCACIONAL E OS PCNS




CLERIAN DA SILVA PEREIRA, Pedagoga,
Mestre em Educação pela UNIVERSO,
Docente do Ensino Superior,
Autora de Capítulo do Livro " Diferentes Contexto em Educação: Encontro e Adaptações

RESUMO
Este artigo analisa a trajetória e a prática do Orientador Educacional, no Brasil, comprovando o seu compromisso com a Educação e as políticas públicas, onde enfatizamos a perspectiva pedagógica e tendo com base os PCNs. Na busca de ajudar aos alunos a terem uma participação mais crítica e consciente no meio em que o mesmo se insere.

PALAVRAS-CHAVE
Orientação Educacional, pedagógico, políticas públicas e PCNs.

ABSTRACT
This paper analyzes the history and practice of Educational Consultant in Brazil, confirming their commitment to education and public policies, which emphasize the educational perspective and taking based NCPs. In seeking to help the students to take a more critical and conscious way in which it operates.

KEYWORDDS
Educational Guidance, teaching, public policy and PCNs.




“Formar, hoje, o homem,
é muito mais do que ensinar a ler e a escrever;
formar significa aprender a pensar a viver o cotidiano
na construção permanente da cidadania”.
Mirian Paura S. Z. Grinspun



INTRODUÇÃO

A Orientação Educacional, no nosso país, percorreu um longo caminho comprometido com a educação e com as “políticas” vigentes. Podemos dizer de um modo geral, que a orientação teve início nos primórdios da humanidade, sendo realizada pelos pais, pelos membros mais velhos da família, pelos chefes da tribo, pelos chefes religiosos etc. Todo o processo da Orientação manteve-se, sempre, estreita relação com as tendências pedagógicas, sendo o seu trabalho desenvolvido a partir do que dela se esperava nas diversas concepções.

A complexidade da vida atual, a aceleração da tecnologia, as próprias transformações sociais e econômicas foram, pouco a pouco, ampliando e modificando o papel da escola e a posição do indivíduo dentro da escola e da sociedade. A Orientação Educacional desenvolveu-se principalmente dentro das escolas (início dos trabalhos com Frank Parsons, em 1908, nos EUA) e mesmo que suas atividades, hoje, se tenham alargado até o âmbito das empresas, a idéia de orientação acha-se muito associada àquelas instituições.

Os objetivos da Orientação Educacional estão intrinsecamente ligados aos objetivos gerais da educação e, no contexto da escola, associa-se a esta nos seus objetivos mais específicos. Isto, porém, não quer dizer que a orientação não tenha seus objetivos próprios.

A importância da Orientação Educacional foi sendo ampliada; pois, à medida que ela ajuda a educação, ajuda, também a responder às reclamações da sociedade atual: procura constante de valores pelos jovens; conflito de gerações; transferência da responsabilidade da família para a escola; sede do novo e do imediato; a relação dos conteúdos a realidade do educando; especializações que surgem a todo o momento, solicitações cada vez maiores dos meios de comunicação.

A Orientação mantém estreita relação com as demais áreas do conhecimento, e as transformações que ocorrem fora dela, modificam-­na, não na sua essência, mas sim no desenvolvimento de seu processo. Se as questões de discussão, hoje, estão no cam­po da globalização, se a problemática mundial pode ser determinada ou des­crita pelos fatores da mundialização, da política neoliberal, da empregabilidade, das novas tecno­logias, da era da comunicação, entre outros dados, preci­so de uma nova re­orientação para di­mensionar meus objetivos e propósitos. Esses e outros da­dos, como o próprio conhecimento são cada vez mais globalizados, mas as ações são cada vez mais particularizadas e setorizadas; neste sentido é que o papel do Orientador Educacional torna-se signifi­cativo para ajudar o aluno nesta ação lo­calizada.

O objeto deste estudo é mostrar o longo e penoso caminho da orientação, no Brasil, antes de atingir suas perspectivas atuais: com dimensão nitidamente pedagógica; uma Orientação contextualizada e, portanto, envolvida com o cotidiano da escola, dos seus alunos e de representações.

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