quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
EDUCAÇÃO INCLUSIVA: Desafio para professores na rede regular de ensino.
Por: ANTONIA DE FATIMA DE SOUSA DOS SANTOS. Pedagoga.
Trabalho apresentado a banca examinadora da Faculdade Gama e Souza em 2010, como requisito parcial para obtenção do GRAU de Licenciatura em Pedagogia.
Professora Orientadora: Christiane Maria Costa Carneiro Penha.
RESUMO:
O presente trabalho tem como objetivo discutir a importância da educação inclusiva de pessoas com necessidades educacionais especiais em rede regular de ensino.
A educação Inclusiva tem assumido uma importante posição nos debates educacionais nacionais e internacionais, embora as experiências no Brasil sejam ainda isoladas e pouco difundidas. A falta de formação sobre as especificidades do processo de ensino e aprendizagem das pessoas com necessidades especiais por parte dos professores tem sido apontado, frequentemente, como um dos principais obstáculos para a efetivação da inclusão escolar. Partindo desse pressuposto, a modalidade de ensino parece representar uma proposta educativa viável para a inclusão de pessoas com necessidades especiais em rede regular de ensino. Este trabalho discute sobre o fato de alguns professores da rede regular de ensino ainda não receberam uma formação adequada para atuarem em escolas que têm alunos com necessidades educacionais especiais incluídos, os profissionais da educação devem buscar novos meios de aprendizagem para que assim a criança com necessidades não seja um obstáculo em sua profissão e sim desafio onde faça com que a criança com necessidade possa se sentir parte da sociedade e que suas diferenças não sejam obstáculos mais uma busca constante para assim mostrar seus valores dentro e fora da escola.
Palavras-chave: educação inclusiva; formação de professores; desafio.
ABSTRACT:
This paper aims to discuss the importance of inclusive education for people with special educational needs in mainstream education. Inclusive education has assumed an important position in national and international educational debates, although the experiences in Brazil are still isolated and not very widespread. Lack of training on the specifics of the teaching and learning of people with special needs from teachers has been pointed out often, as a major obstacle for effective school inclusion. Based on this assumption, the mode of education seems to represent a viable educational proposal for the inclusion of people with special needs in mainstream education. This paper discusses the fact that some teachers in mainstream education has not received adequate training to work in schools that have students with special educational needs including, learning professionals must seek new ways of learning so that the child needs not be an obstacle in his profession, but where do challenge the child in need can feel part of society and that their differences are not obstacles more like a constant effort to show its values inside and outside of school.
Key - words: inclusive education, teacher training challenge.
I - INTRODUÇÃO:
Este trabalho está voltado para mostrar e evidenciar a realidade do cotidiano realizado pelo professor no processo de inclusão de pessoas com necessidades especiais em rede regular de ensino. Segundo AMARAL (2003).
A idéia de inclusão social "se baseia em princípios, tais como: a aceitação das diferenças individuais como um atributo e não como um obstáculo, a valorização da diversidade humana pela sua importância para o enriquecimento de todas as pessoas, o direito de pertencer e não ficar de fora". ( p.12).
O interesse pelo tema foi despertado no Curso de Pedagogia, durante o Curso tive a oportunidade de participar de aulas com diferentes temas, como a educação especial e Libras I e II (Língua Brasileira de Sinais), participando de algumas palestras coordenadas pela professora Christiane Maria Costa Carneiro Penha, que relatavam histórias da educação inclusiva e a prática pedagógica com alunos com necessidades educacionais especiais. Nessa trajetória, participei de várias atividades significativas, na qual conheci pessoas com necessidades especiais e sobre o estresse vivido por professores que estão a frente à inclusão de alunos especiais em rede regular de ensino. Esse conjunto de experiências me proporcionou leituras e interpretações sobre a vida das pessoas com necessidades especiais, suas potencialidades e as dificuldades que enfrentam, principalmente em função dos muitos mitos, estigmas e ainda existentes na sociedade brasileira.
Ao mesmo tempo, as experiências que tive me ajudaram a refletir sobre a inclusão educacional e a formação de professores necessária para atuar nesse processo. No decorrer do caminho, algumas indagações vêm me acompanhando. Como incluir alunos com necessidades especiais em rede regular sem que o professor sinta-se "incapaz" de lidar com eles? No processo de inclusão, que tipo de profissional pode dar um suporte adequado aos professores regulares? Será que o suporte de um professor especialista bastaria? Que formação deve ter esse profissional? Qual o seu papel diante da política de educação inclusiva? Que contribuições o seu trabalho vem dando para a inclusão dos alunos com necessidades especiais em rede regular de ensino? Estas são as questões que nortearam o estudo agora apresentado.
Assim, tendo como tema a "Educação inclusiva: desafio para professores na rede regular de ensino", este trabalho vem discutir a formação de professores diante do paradigma da educação inclusiva, a inclusão de um aluno com necessidades especiais em sala de aula regular. Aborda-se também as relações estabelecidas entre professores regulares, alunos e demais agentes escolares. E de que maneira os professores da educação encaram essa experiência.
O primeiro capítulo é introdutório, no segundo faremos reflexões a cerca da Educação Especial, a especificidade da Ed. Inclusiva. No terceiro capítulo abordamos os aspectos relativos a formação de professores. O quarto é destinado as conclusões deste estudo e finalmente as referências bibliográficas, que foram de total relevância, pesquisa e consulta para a construção do presente trabalho.
II - EDUCAÇÃO ESPECIAL:
Educação Especial é uma área que visa conhecer o trabalho e os conceitos da educação especial, ou altas habilidades que abrange desde a educação infantil até a educação superior. As instituições não podem negar a matrícula alegando não saber como lidar com o assunto.
A Educação Especial deve ser vista no contexto da Educação Geral, ou seja, o portador de necessidades especiais deve ser atendido no mesmo ambiente que o não-portador. A esta tendência chamamos de Educação Inclusiva, uma vez que o portador de necessidades especiais é inserido em classes regulares de ensino, sendo tão digno e merecedor da educação como qualquer outra pessoa.
O aluno com deficiência tem tanto direito de acesso à escola comum como qualquer outra criança sem deficiência. Esse direito, em nível de ensino fundamental, principalmente, é indisponível. Se ele possui deficiência mental, é preciso esperar do aluno o máximo possível e deve ser oferecido ao aluno toda a chance de conviver com pessoas da sua geração, com e sem deficiência, e de aprender o máximo que puder através do seu acesso a uma escola regular. A Lei de Diretrizes e Bases, diz que a educação é dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação. Em 1994, desta vez em Salamanca, Espanha, outra importante declaração foi assinada, produto da Conferência Mundial sobre Necessidades Educacionais Especiais: Acesso e Acessibilidade. É importante lembrar que na época foi reafirmado direito à Educação de todo indivíduo, de acordo com a Declaração dos Direitos Humanos da ONU (1948), que estabeleceu no seu artigo 26, ponto um (1), que toda pessoa tem direito à Educação e que a educação deve ser gratuita, pelo menos a correspondente ao ensino elementar fundamental (ONU, 1948).
Cabe ressaltar que na Declaração de Salamanca a expressão portador de deficiência foi substituído por portador de necessidades especiais. Isso vai além de uma simples mudança de terminologia. Uma das mais importantes recomendações da Declaração de Salamanca é que os países que possuam poucas escolas especiais ou que não as possuam, devam concentrar seus esforços no desenvolvimento de escolas inclusivas e serviços especializados, sobretudo, a capacitação de professores e o estabelecimento de recursos e equipamentos adequados
O termo necessidades educacionais especiais não se refere apenas às pessoas com deficiência, mas a todos os indivíduos que por diferentes motivos, em algum momento de suas vidas, necessitem de algum tipo de atendimento especial. As necessidades educacionais especiais não são provocadas somente por uma deficiência orgânica. Elas podem resultar de problemas sociais, culturais, entre outros, que interferem no processo de aprendizagem dos sujeitos.
Na Declaração de Salamanca (UNESCO, 1994) é proclamado que:
* toda criança tem direito fundamental à educação, e deve ser dada a oportunidade de atingir e manter o nível adequado de aprendizagem,
* toda criança possui características, interesses, habilidades e necessidades de aprendizagem que são únicas,
* sistemas educacionais deveriam ser designados e programas educacionais deveriam ser implementados no sentido de se levar em conta a vasta diversidade de tais características e necessidades,
* aqueles com necessidades educacionais especiais devem ter acesso à escola regular, que deveria acomodá-los dentro de uma Pedagogia centrada na criança, capaz de satisfazer a tais necessidades,
* escolas regulares que possuam tal orientação inclusiva constituem os meios mais eficazes de combater atitudes discriminatórias criando-se comunidades acolhedoras, construindo uma sociedade inclusiva e alcançando educação para todos; além disso, tais escolas provêem uma educação efetiva à maioria das crianças aprimoram a eficiência e, em última instância, o custo da eficácia de todo o sistema educacional ( p.1).
Cada aluno possui uma necessidade educacional especial específica, pois ela está intimamente relacionada à interação entre este aluno com os conteúdos a serem aprendidos. A necessidade educacional especial é individual e não é característica homogênea de um grupo também homogêneo, assim os recursos didáticos, metodologias, o currículo, entre outros, muitas vezes precisam ser diferenciados, num tempo e num espaço específicos.
Para a educação, o sujeito com deficiência é um "aluno especial", cujas necessidades específicas demandam recursos, equipamentos e níveis de especialização definidos de acordo com a condição física, sensorial ou mental. Numa sociedade tão preconceituosa e discriminadora como a nossa, muitos pais de educandos "ditos normais" ás vezes mostram-se, contrários a esta inclusão. Também alguns professores, coordenadores, diretores e funcionários, desinformados ou pouco esclarecidos, oferecem resistência a estas tentativas. De alguma forma a educação inclusiva veio ensinar à sociedade, de uma maneira geral, que as pessoas antes de serem portadoras de necessidades educativas especiais são seres humanos capazes e dotados de inúmeras possibilidades, com um grande potencial a ser trabalhado. Nada justifica o seu isolamento do convívio com outras pessoas, seja dentro ou fora da escola.
São muitas leis e projetos que tentam fazer com que todos os portadores de diferentes necessidades tenham sua vez na sociedade e na rede regular de ensino. Estima-se que no Brasil, cerca de 15 milhões de pessoas apresentam algum tipo de necessidade especial e na maioría das vezes estes individuos apresentam dificuldades de aprendizagem. Com a elaboração dos parâmetros curriculares nacionais onde se aborda a diversidade, temos no tocante a adaptação curricular a clara necessidade de adequar objetivos, conteúdos e criterios de avaliação de forma a atender as peculiaridades dos alunos com necesidades educacionais especiais.
O apoio, que emerge então como primeira medida propriamente pedagógica, expressa ao menos uma tomada de consciência fundamental: percebe-se que, em última instancia, a luta contra a desigualdade deve ser levada ao nível do próprio ensino."
(PERRENOUD, 2000, p. 34-35).
Como podemos constatar acima, o autor percebe esta prática como um aspecto positivo, Numa abordagem geral, um dos objetivos da educação inclusiva é que os alunos, aprendam a conviver em grupos, e que os profissionais da educação valorizem suas contribuições, respeitando suas caracteristicas e limitações. Os estudantes com deficiência, quando inseridos na Educação Regular, desenvolvem, da mesma forma, a apreciação pela diversidade individual, passando a adquirir experiências diretas e relativas. Ao oferecerem a eles condições de ensino, atendendo às suas especificidades, demonstrarão também crescente responsabilidade e aprendizagem acelerada.
As escolas e professores devem mostrar que são capacitados para entender como conviver com o diferente, a educação tem que acolher a todos sem exceção, é na escola que o individuo adquire a experiencia para toda vida.
Perrenoud explica que há alunos que se vê, a olho nu, que progridem normalmente. Estes o professor pode apenas acompanhar de longe, ao passo que existem alunos com grandes dificuldades e com estes o professor precisa acompanhar de perto e reservar tempo para estabelecer os diagnósticos precisos e individualizados que serão indispensáveis para intervir com eles.
Os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo às escolas organizar-se para o atendimento aos educandos com necessidades educacionais especiais, assegurando as condições necessárias para uma educação de qualidade para todos. (MEC/SEESP, 2001).
Para que realmente exista uma educação inclusiva não basta somente espaços com rampas e banheiros adaptados, o projeto pedagógico e as práticas de ensino precisa ser revistas para que todos aprendam. Existem várias escolas especiais que fornecem condições de adaptações curriculares adaptados, mas o melhor é que toda criança com necesidades especiais frequente a rede regular de ensino, pois, o aluno com necesidades precisa de profissionais que demonstre atenção a este educando junto com outras crianças assim todos aprendem juntos com linguagens e outros meios, isso ajuda muito na interação dentro e fora da escola.
Vygotsky (1989) afirmava que,
As crianças com deficiências precisam compartilhar o processo educacional nos mesmos espaços sociais que as demais. Nessa premissa reside a possibilidade de que sejam minimizados os efeitos sociais que incidem sobre a deficiência. (p.61)
Na análise de Vygotski, a deficiência não delineia a personalidade da pessoa e sim as alterações nas relações sociais, nas formas de interação.
Uma escola que reconhece e valoriza as diferenças presentes em suas salas de aula, tem que se preocupar em trabalhar com os conteúdos, de modo que possam ser aprendidos de acordo com a capacidade de cada um. Isso não significa que os professores têm de ensinar individualmente ou adaptar currículos para este ou aquele aluno, pois, afinal, a escola não ensina um por um, mas coletivamente. O aluno com dificuldades de aprendizagem tem sua oportunidade de aprender, quando o professor acata o modo pelo qual ele aborda e responde às atividades que lhe são propostas.
O aluno por sua vez, não só vai continuar aprendendo aquilo que aprenderia, mas vai ter melhores ocasiões de apreender, ou seja, de reter aquilo que lhe foi ensinado, ainda mais se puder trabalhar em grupo e compartilhar o aprendizado ensinando os seus colegas de turma. Por outro lado, que é mais importante, para uma escola assim pautada e que permita essa convivência, essa consciência da diversidade, possibilitará um preparo para a cidadania e um desenvolvimento humano muito maior para todos.
A educação deverá proporcionar acompanhamentos direcionados para auxiliar os educandos portadores de necesidades educacionais especiais. Porém, com as leis, projetos, parâmetros curriculares, ainda é muito pouco, na prática nos deparamos com obstáculos de todas ordens, os profissionais da educação que ainda não estão todos preparados para o novo e as próprias escolas que ainda não estão adaptadas e assim dificulta a interação dos alunos. A discussão sobre a integração escolar de alunos com necessidades educacionais especiais tem se intensificado nestas últimas duas décadas no mundo.
As pessoas com necessidades educacionais especiais devem ter acesso às escolas comuns, que deverão integrá-las numa pedagogia centralizada na criança, capaz de atender a tais necessidades; e as escolas regulares, ao adotarem uma orientação inclusionista, representam o meio mais eficaz para combater atitudes discriminatórias, criar comunidades acolhedoras, construir uma sociedade inclusiva e dar educação para todos (UNESCO, 1994).
Temos numa abordagem geral, o tema interação e coperação, onde um dos objetivos da educação escolar é que os alunos, aprendam a conviver em grupos, quando as pessoas são educadas conjuntamente podem ser criados ambientes pedagógicos que propiciem o desenvolvimento do respeito com o outro e de responsabilidade quanto ao seu próprio papel social. É necessário que os profissionais da educação valorizem suas contribuições, respeitando suas caracteristicas e limitações. A educação especial deve se agregar em todas as turmas, isso fará com que os alunos com deficiêcia possa ser tratado como os demais, embora com acompanhamentos direcionados para tentar a ajudá-los em suas dificuldades.
A inclusão contempla o direito à educação, à igualdade de oportunidades e de participação. Mais do que garantir o acesso dos indivíduos com necessidades especiais às escolas é necessário viabilizar a sua permanência através da construção de escolas inclusivas, que possam responder às necessidades específicas dos educandos, e educá-los para a diversidade.
Assim, o processo de inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais em classes regulares constitui a forma de democratização máxima de oferecimento de oportunidades educacionais para todos.
Nesse sentido, a Educação Inclusiva requer uma abordagem diferente da educação tradicional, que deve ser pautada na heterogeneidade e não na homogeneidade, levando em consideração que cada aluno tem características, interesses motivações e experiências pessoais únicas.
No contexto da Educação Inclusiva é imprescindível (re) significar o papel da Educação Especial. Por entender a inclusão como um processo que se transforma e se concretiza a cada dia, a Educação Especial pode ser vista como um importante suporte para este processo e não como um sistema paralelo de ensino. Qual o melhor sistema de ensino para educação de indivíduos considerados portadores de necessidades educacionais especiais? A educação especial para educandos portadores de necessidades especias, devem ser realizadas dentro da propria rede regular de ensino com o apoio de profissionais qualificados, que possam ajudá-los a viver em sociedade promovendo a igualdade de chances para que todos possam desenvolver seus potenciais.
Precisamos também de todo o envolvimento da família, mais em alguns casos dá para constatar o receio, a insegurança e a resistência dos pais que preferem manter os filhos em instituições especializadas temerosos de que sejam discriminados e estigmatizados no ensino regular. Muitos deles desistiram por terem ouvido tantas vezes que não havia vaga para o seu filho naquela escola ou que o melhor para ele é uma escola especial. Outros insistem por convicção ou simplesmente por se tratar da única opção no local de moradia da família, pois existem os que estão fora da escola pelas razões aqui apontadas.
Educação inclusiva entendida sob a dimensão didático-curricular é aquela que proporciona ao aluno com necessidades educativas especiais participar das atividades cotidianas da classe regular, aprendendo as mesmas coisas que os demais - mesmo que de modos diferentes, preferencialmente sem defasagem idade-série. Como agente mediador do processo ensino-aprendizagem, cabe ao professor o papel de fazer as adaptações necessárias no currículo escolar (Glat e Oliveira, 2003).
Crianças e adolescentes estão em pleno desenvolvimento biológico, psicológico e social, o que significa dizer que são vulneráveis e receptivos se assim forem estímulados. Carregam em si potenciais construtivos e destrutivos, reparadores, criativos que podem ser estimulados ou reprimidos pela cultura, através das relações que estabelecem, com as normas, limites e valores éticos que a sociedade estabelece, e preciso que todos os professores de rede regular de ensino se prepare para receber estes individuos portedores de necessidades especiais e assim abrir os caminhos para diminuir as diferenças dentro e fora de sala de aula.
Evoluímos muito em tecnologia, mas temos muito a aprimorar se quisermos evoluir neste processo que é qualidade das relações entre pessoas com necessidades especiais e suas diferenças, limitações, e de forma mais específica, as adaptações em relação ao aluno portador de autismo e outros transtornos invasivos do desenvolvimento. Quem está preparado para receber nossas crianças autistas? Quem conhece, ao menos um pouco, do que é ser autista? Ou ainda, quem conhece o autismo? Que criança poderá ser incluída e o que será oferecido às que não puderem ser? Qual a maior dificuldade para que os alunos com necessidades especiais possam ser incluídos na sociedade? Os professores do ensino regular ressaltam, entre outros fatores, a dura realidade das condições de trabalho e os limites da formação profissional, o número elevado de alunos por turma, a rede física inadequada, o despreparo para ensinar "alunos especiais" ou diferentes. Os professores da educação especial também não se sentem preparados para trabalhar com a diversidade do alunado, com a complexidade e amplitude dos processos de ensino e aprendizagem. A formação destes profissionais caracteriza-se pela qualificação ou habilitação específicas, obtidas por meio de cursos de pedagogia ou de outras alternativas de formação agenciadas por instituições especializadas. Nestes cursos, estágios ou capacitação profissional, esses especialistas aprenderam a lidar com métodos, técnicas, diagnósticos e outras questões centradas na especificidade de uma determinada deficiência, o que delimita suas possibilidades de atuação.
1. 2. Educação Inclusiva.
Segundo GOTTI (2002),
Incluir não significa simplesmente colocar o estudante junto com outros ditos normais, mas reestruturar o sistema educacional para que as crianças especiais sejam atendidas nas suas especificidades e peculiaridades (p. 9).
Educação Inclusiva, na prática enfrenta inúmeros desafios, e em muitos momentos estamos apenas inserindo pessoas no meio social e não incluindo de forma participativa, os alunos com necessidade especial não conseguem acompanhar o ritmo da sala de aula, e ficam apenas como alunos ouvintes e não participativos da educação, e a onde estaria igualdade de ensino e direitos e oportunidades igualitárias. Para um processo de igualdade os profissionais devem manter atenção constante no "novo" para assim possibilitar a construção do crescimento, e atender melhor os portadores de educação especial. No ensino regular, estas crianças, estarão num ambiente social comum rico em estimulação, ao lado de inúmeras crianças, que falam, que brincam, que correm, que interagem, e isso é uma estimulação direta para seu desenvolvimento, devemos enfatizar a proposta pedagógica, que se faz desafiadora no ensino comum, ou seja, A escola deve incorporar a diversidade, sem nenhum tipo de distinção.
Ensinar em síntese, sendo o homem social, constituindo-se como sujeito por intermédio da linguagem, as interações sociais entre os alunos deficientes e "não-deficientes", são a chave para a construção do conhecimento. A heterogeneidade possibilita a troca e conseqüentemente se ampliam as capacidades individuais. Vygotsky (1998, p. 37).
As diferenças não devem ser aceitas como também acolhidas e mostradas como uma realidade dentro de sala de aula e isso não só para cumprir a lei matriculando crianças e não passar disso os professores e todos os funcionários devem se adaptar as transformações oferecidas, serviços e atividades de auto ajuda devem ser oferecidas para que os alunos possam se sentir em um ambiente confortável. A escola traz consigo toda uma bagagem de cultura e de saberes que atendiam às necessidades de uma determinada época e clientela. Se antes o educando com necessidade especial era eliminado da sociedade, hoje ele tem seu direito adquirido por uma lei, a qual o coloca como um ser igual às outras crianças, vivendo como as outras e recebendo dentro de um estabelecimento de ensino sua formação educacional. Para isso, há de (re) pensar com muita cautela sobre a estrutura escolar, nossa avaliação, nossa interação com as famílias e os conhecimentos adquiridos pelos professores para atender a este aluno. As mudanças não são simples, ainda precisa de muito, tanto das escolas quanto de professores que ainda encontram dificuldades para trabalhar com o novo, a inclusão de alunos com necessidades especiais na rede regular de ensino está se ampliando muito para poder da um bom atendimento a estes alunos, mas para isso tudo acontecer, dentro da escola precisa ser modificado a começar pela a própria escola que precisa melhorar em tudo, no espaço que o educando terá que percorrer e todos os funcionários deverão passar por uma transformação, se especializando, criando condições para os educandos.
Na perspectiva de uma educação inclusiva, não se espera mais que a pessoa com deficiência se integre por si mesma, mas que os ambientes, educacional, se transformem para possibilitar essa inserção, ou seja, estejam devidamente preparados para receber a todos os alunos, indistintamente.
O currículo para uma escola inclusiva, entretanto, não se resume apenas a adaptações feitas para acomodar os alunos com deficiências ou demais necessidades especiais. A escola inclusiva demanda uma nova forma de concepção curricular, que tem que dar conta da diversidade do seu alunado. Ferreira (2003), utilizando-se da Declaração de Salamanca (UNESCO, 1994).
Considera-se escola inclusiva aquela que "reconhece e satisfaz as necessidades diversas dos seus alunos, adaptando-se aos vários estilos e ritmos de aprendizagem, de modo a garantir um bom nível de educação para todos..." Mais do que criar condições atender alunos portadores de necessidades especiais é um desafio que implica mudanças nas escolas como em um todo, no projeto pedagógico e na postura diante dos alunos. Para que as pessoas com deficiências possam exercer o direito à educação em sua plenitude, é indispensável que a escola de ensino regular se adapte às mais diversas situações e conforme as necessidades dos alunos inseridos em suas salas de aula.
As escolas têm que fornecer condições mínimas de acessibilidade. Segundo a legislação educacional, a toda criança deve ser garantido o acesso, permanência e sucesso na escola. Mas, na prática isso não acontece, pois a mencionada "inclusão" do portador de necessidade é estigmatizada por não haver condições para o seu acesso e permanência nas escolas. Na rede regular de ensino já existe alunos inseridos nas turmas, mais a dificuldade não diminui para estes alunos especiais, já que as turmas têm um número muito grande de alunos e assim o professor, que já não é um especialista no assunto não tem como ajudá-los.
As escolas que não estão atendendo alunos com deficiência em suas turmas de ensino regular se justificam, na maioria das vezes pelo despreparo dos seus professores para esse fim. Existem também as que não acreditam nos benefícios que esses alunos poderão tirar da nova situação, especialmente os casos mais graves, pois não teriam condições de acompanhar os avanços dos demais colegas e seriam ainda mais marginalizados e discriminados do que nas classes e escolas especiais.
Glat & Blanco (2007) esclarecem que:
A inclusão de alunos com deficiências ou outras condições que dificultam a aprendizagem na classe regular não é um processo "espontâneo". Ao contrário, exige muita reflexão, trabalho de equipe e planejamento para identificar as necessidades de aprendizagem específicas que ele apresenta em sua interação com o contexto educacional, para readequar ao aluno. (p. 25 )
É importante que os profissionais da educação no que se refere aos alunos com deficiência física, ao invés de procurar apenas executar técnicas de reeducar e reabilitar o indivíduo. Muito mais do que isso, ele deve buscar a melhora da qualidade de vida observando o aluno como um todo, no ambiente em que este está inserido. Cabe, não somente aos educadores mais também a escola em geral, encontrar soluções que auxiliem o portador necessidade especial para que este possa ter acesso ao ensino sem que haja barreiras que o impeçam de aprender. As escolas devem passar por um preparo no corpo docente para trabalhar com estes alunos com necessidades os professores deverão passar por treinamentos que os habilitem para desenvolver essas funções.
A cultura e o meio ambiente refazem uma pessoa não apenas por lhe oferecer determinado conhecimento, mas pela transformação da própria estrutura de seus processos psicológicos, pelo desenvolvimento nela de determinadas técnicas para usar suas próprias capacidades. (VYGOTSKY, 1996, p. 228).
Os resultados positivos sobre a experiência de alunos portadores de necessidades especiais em rede regular de ensino de certo modo evocam a validade da visão vigotskyana de aprendizagem, segundo a qual não há diferenças quanto aos princípios de desenvolvimento entre os "não-deficientes" e os "deficientes".
GARCIA apud Vygotsky (1999) afirma que:
Todas as funções do desenvolvimento humano da criança aparecem duas vezes: primeiro no nível social, e, depois, no nível individual; primeiro entre pessoas (interpsicológica), e,depois no interior da criança (intrapsicológica). Isso se aplica igualmente para a atenção voluntária, para a memória lógica e para a formação de conceitos. Todas as funções superiores originam-se das relações reais entre indivíduos humanos (p. 75).
As crianças com necessidades especiais têm capacidade cognitiva semelhante à de colegas e podem realizar as atividades com bom desempenho desde que as limitações físicas sejam respeitadas. As preocupações com crianças portadoras de necessidades especiais não devem fazer parte do dia a dia deles dentro de sala de aula, a única preocupação deve ser: trabalhar toda a turma para a prática colaborativa de aprendizagem. O professor é a chave fundamental para que o aluno com necessidade especial consiga ter um bom desenvolvimento, o professor precisa ter uma melhor formação e estar sempre se aprimorando buscando novos conhecimento e formação continuada, a formação ajuda o professor a romper com a idéia de que a criança ideal é a que se desenvolve e aprende de uma forma única. Este é o grande desafio que a educação especial impõe a escola lida com diversidade e busca respostas para diferentes necessidades educacionais. Professores todo corpo docente devem trabalhar com conhecimentos. Adaptar o ensino ao interesse e ao ritmo de aprendizagem de cada aluno e assim ajudá-los a progredir e a ter experiências significativas de aprendizagem.
No passado, a educação para alunos com algum tipo de deficiência era realizado apenas em escolas especializadas, os profissionais afirmavam que esse tipo de aluno "especial" tem que ter seu próprio espaço, convivendo em um ambiente escolar adequado, onde todos tenham algum tipo de necessidades educacionais especiais, pois só neste tipo de ensino é que tem professores capacitados para trabalhar com estes alunos, fato que trouxe a conseqüência muito negativa, pois se imaginava que eles eram incapazes de conviver em grupos de crianças sem deficiência. Hoje com a educação especial cada vez crescendo na rede regular de ensino a educação infantil é aporta de ingresso ao sistema educacional especializado.
Essa preocupação aparece nos profissionais da educação porque não é fácil um professor afirmar que está preparado para receber um aluno com necessidade especial em sala de aula, na rede regular, já que ele mesmo acredita não ter capacitação, mais a idéia é que esses alunos estejam inseridos no ensino regular, para pode interagir com outros alunos. A educação especial dentro da rede regular pode e deve da muito certo se houver um projeto pedagógico elaborado coletivamente entre as instituições educativas, a família e os profissionais especializados. A preocupação maior vem dos professores, como ter postura e forma de lidar com a diversidade e a diferença significativa de cada educando. Essa não deve ser a responsabilidade só do professor mais do coletivo escolar.
É preciso se aperfeiçoar constantemente, mudar a rotina dentro de sala de aula e receber o novo.
II- FORMAÇÃO DE PROFESSORES:
Existem alguns aspectos relativos à formação de professores no Brasil, que deve ser enfatizadas, por exemplo, nos últimos dez anos, ocorreram avanços importantes em relação à formação, os fundamentos metodológicos, os tipos e as modalidades de ensino, mudaram as escolas hoje junto com todo o corpo escolar tem a necessidade de buscar um processo que envolva toda a escola, daí passamos a refletir sobre as intervenções pedagógicas que tem que ocorrer de forma que facilite e auxilie o plano pedagógico, e esse plano deve visar sempre mais eficiência, motivação e praticidade para elevar o grau de aproveitamento dos alunos valorizando sempre a aprendizagem dos alunos independente de suas necessidades.
As crianças e jovens com necessidades educativas especiais devem ter acesso às escolas regulares, que a elas devem se adequar", já que tais escolas "constituem os meios mais capazes para combater as atitudes discriminatórias (...), construindo uma sociedade inclusiva e atingindo a Educação para todos" (UNESCO, 1994, p. 8-9).
Hoje se vê que as tendências atuais em matéria de princípios, políticas e práticas educativas caminham claramente no sentido da promoção da escola para todos, ou seja, a escola inclusiva, a qual se ajusta a todos os alunos independentemente das suas condições físicas, sociais, étnicas, religiosas, lingüísticas, ou outras. Uma escola que aceite as diferenças, que apóie as aprendizagens, promovendo uma educação diferenciada, que responda as necessidades individuais de cada aluno.
Cada criança pensa e age de forma diferente, o que exige compreensão de que a forma de trabalhar com cada um também, precisa ser diferenciada. Nesse sentido, a prática auxilia no olhar do professor sobre seus alunos, identificando as necessidades e desejos de cada um. Assim, a prática surge para o professor como elemento fundamental na competência para ensinar alunos incluídos. O aluno incluído não pode estudar em uma escola regular e continuar sendo atendido como se estivesse na classe especial ou sala de recursos, é necessário então criar meios para trabalhar com todos os alunos. As escolas devem apresentar métodos de ensino que facilitem a aprendizagem, de cada aluno cooperando e respeitando às diferenças individuais. Os professores deverão mostrar sempre novos desafios e que estes desafios, incentivem cada vez mais ao aluno a querer aprender mesmo quando este apresente algum tipo de necessidade especial de ensino, portanto, na formação destes alunos é preciso conhecer a escola como um ambiente educativo, no qual trabalhar e formar não sejam atividades distintas. Essa formação deve ser vista como um processo permanente integrado no dia-a-dia dos professores, o desafio da formação de professores deve garantir a qualidade da educação infantil, supõe um profissional que busque o saber, que seja pesquisador de sua própria prática. Para que atue construtivamente com a criança, valorizando suas diferenças atuando como sujeito participante do processo de construção de seu conhecimento, o professor deve também ser um participante que precisa construir e reconstruir o seu próprio conhecimento, para assim poder passar um ensinamento de qualidade para todos os alunos Por fim, a Proposta de Diretrizes para a Formação de Professores da Educação Básica delineia as exigências que se colocam para o desempenho do papel docente frente às novas concepções de educação do mundo contemporâneo:
Orientar e mediar o ensino para a aprendizagem dos alunos; responsabilizar-se pelo sucesso da aprendizagem dos alunos; assumir e saber lidar com a diversidade existente entre os alunos; incentivar atividades de enriquecimento curricular; elaborar e executar projetos para desenvolver conteúdos curriculares; utilizar novas metodologias, estratégias e material de apoio; desenvolver hábitos de colaboração e trabalho em equipe (MEC, 2000, p. 5).
Diversos estudos mais recentes têm reafirmado a necessidade da melhoria da formação de professores como condição essencial para a promoção eficaz da inclusão de alunos com necessidades especiais em rede regular de ensino. A realidade evidenciada por uma pesquisa recente mostrou que os professores, de maneira geral, não estão preparados para receber em sua sala de aula alunos especiais (GLAT, FERREIRA, OLIVEIRA & SENNA, 2003). Diante do exposto, avalia-se que o despreparo e a falta de conhecimentos estão diretamente relacionados com a formação ou capacitação recebida, além disso, pode-se afirmar que existe um grande descrédito sobre a capacidade do aluno especial se desenvolver e agir de forma autônoma (GLAT, 1998; AISCOW, 2004). Vale também advertir que, num primeiro momento, são comuns sentimentos de incapacidade e até mesmo de medo frente ao ingresso de um educando com algum tipo de deficiência ou distúrbio de comportamento em sala de aula regular, podendo afastar o professor daquilo que não conhece e lhe suscita estranheza (CORREIA, 1999; NAUJORKS, 2002 e 2003; BEYER, 2003). Muitas vezes a falta de preparo e informação impede o professor de desenvolver uma prática pedagógica sensível às necessidades do aluno com necessidades educativas especiais.
No que se refere ao conjunto de habilidades e competências necessárias aos professores para a prática com alunos incluídos, o Council for ExceptionalChildren8 (CEC) estabelece balizas em nível internacional para a preparação,certificação e a prática do profissional em educação.
Algumas delas devem ser aqui destacadas:
a) partir da idéia de que "todos os alunos podem aprender", valorizando as potencialidades de aprendizagem de cada um;
b) reafirmar que a aprendizagem é um processo individual, ocorrendo de maneira ativa em cada pessoa, de tal maneira que é o aluno que controla o seu processo de aprendizagem, sempre partindo do que sabe e influenciado por sua história pessoal e social;
c) desenvolver a auto-estima como uma das condições de aprendizagem, uma vez que o sentimento de pertencer a um grupo social, sentindo-se útil e valorizado, possibilita o agir e o crescer com o outro;
d) estimular a autonomia dos educandos mediante a construção de sua aprendizagem;
e) avaliar permanentemente as aprendizagens;
f) avaliar o progresso de cada aluno segundo seu ritmo, do ponto de vista da evolução de suas competências ao resolver problemas de toda ordem e na participação da vida social;
g) desenvolver a cooperação entre os alunos e certas formas de ensino mútuo, pois toda pedagogia diferenciada exige cooperação ativa dos educandos e dos seus pais, diminuindo a discriminação entre eles;
h) envolver os alunos em suas aprendizagens e em seu trabalho, despertando o desejo de aprender e propondo tarefas cognitivas de maneira lúdica e interessante, a partir das quais deveria ser desenvolvido no educando a capacidade de auto-avaliação;
i) inserir-se no universo cultural dos alunos (VALLE & GUEDES, 2003, p. 52-53).
Resumindo, pode-se dizer que o professor deve valorizar a diversidade como aspecto importante no processo de ensino-aprendizagem. Além disso, deve ser capaz de construir estratégias de ensino, bem como adaptar atividades e conteúdos, não só em relação aos alunos considerados especiais, mas para a prática educativa como um todo, diminuindo, assim, a segregação, a evasão e o fracasso escolar.
Ninguém educa ninguém. Ninguém educa a si mesmo.
As pessoas se educam entre si mediatizadas pelo mundo (Paulo Freire, 1997,).
Todos professores desejam que os alunos acertem sempre, mas deve-se adquirir um novo olhar sobre o erro na aprendizagem, estuda-se que o erro é um indicador de como o educando está pensando e como ele compreendeu o que foi ensinado. É preciso analisa com mais cuidado os erros dos alunos, e assim poder elaborar a reformulação e a práticas docentes de modo que elas fiquem perto da necessidade dos educandos e atender as dificuldades que o mesmo apresenta. O professor deve refletir sobre as causas do fracasso escolar não para se culpar, mas para se responsabilizar. Responsabilizar-se significa abraçar a causa e procurar alternativas para solucionar o problema. O professor deve observar tudo que acontece em seu dia-a-dia o comportamento da criança como reage diante das atividades e dificuldades, nos dialogo com familiares e colegas com isso ficará de uma certa forma fácil de perceber onde vem o fracasso escolar.
O professor deve compreender como ocorre o conhecimento, e o que interferem na aprendizagem, pois ele será responsável, em conjunto com toda a equipe da escola pela a aprendizagem e todo desenvolvimento educacional das crianças e a sua participação direta avaliando as dificuldades dos alunos, será muito importante isso fará com que ele compreenda os processos e os caminhos da aprendizagem, sem esquecer de valorizar cada vez mais as ações e conquistas dos educandos. A aprendizagem baseia-se no equilíbrio dessas estruturas, no entanto, não é só inserir o aluno na classe que o professor vai aprender como trabalhar com ele, depende da sua postura, das suas representações, de acreditar no potencial do educando e no seu de aprender, de aceitar desafios, de criar o novo. Que o professor: tome consciência do que faz ou pensa sobre sua prática pedagógica; tenha uma visão crítica das atividades e procedimentos na sala de aula e dos valores culturais de sua função docente; adote uma postura de pesquisador e não apenas de transmissor; conheça melhor os conteúdos escolares e as características do desenvolvimento e aprendizagem dos seus alunos.
Todos os seres humanos são capazes de aprender, mas é necessário que adaptemos nossa forma de ensinar (Vygotsky 1993, p. 33).
A postura do professor diante das dificuldades de seus alunos com necessidades educacionais especiais, necessita de mudanças porque não está sendo fácil trabalhar com nenhuma modalidade de ensino e quando relacionada a alunos com necessidades especiais a situação se complica cada vez mais, o professor precisa de um estudo permanente as experiências de formação continuada são valiosas, pois, nestas oportunidades, coletivamente, pode-se vislumbrar a possibilidade e a necessidade de alteração de muitas das ações pedagógicas. Com a inclusão não apenas os alunos (com ou sem deficiência), mas também os professores são beneficiados. A inclusão é a oportunidade que eles têm de rever e melhorar suas ações como educadores e de colaborar um com o outro. Além disso, eles tomam conhecimento dos progressos na Educação, conseguem antecipar as mudanças e participam do planejamento da vida escolar diária. A formação continuada pode assumir grande importância na formação permanente do professor, complementando e auxiliando seu desenvolvimento profissional e, principalmente suprindo deficiências da formação inicial com relação às diferenças dos alunos e a presença destes em classes regulares. Muito mais do que apenas a vontade e a disposição do professor para aprender é necessário um investimento em políticas públicas que favoreçam a autoformação e a formação continuada. Esse investimento implica compreender a formação além da perspectiva da heteroformação, sendo considerada um processo dinâmico, no qual o sujeito aprende consigo e com os outros através da interação.
Nesse sentido, a relevância desses processos permite reconhecer que é necessário repensar na formação de professores com base nos saberes experienciais que os professores constroem, visando estabelecer outros espaços e meios de aprendizagem. A formação é permanente, se faz de diversas formas e em diferentes lugares, tendo assim um sentido mais amplo, abrangendo toda a vida. O professor precisa experimentam novos meios para conseguir alguns sucessos que possam abrir portas para a construção de um vínculo positivo com as demais áreas de aprendizagem que os alunos necessitam aprimorar. Consideremos que as intervenções pedagógicas devem estar ancoradas na idéia de que todos tem capacidade plena de aprendizagem.
A inclusão trouxe a necessidade de repensar a educação e a instituição escolar, principalmente pelas dificuldades enfrentadas pelos docentes. Por isso, traz consigo mudanças na forma de ver, pensar e fazer a educação escolar e a docência. Ela surge como um estímulo para se pensar a educação a partir da inadequação de um sistema escolar tradicional no qual é o aluno que necessita adaptar-se a escola, e esta por sua vez esquiva-se de possíveis mudanças. É também a oportunidade de rever e repensar práticas escolares desestimulantes procurando torná-las mais atraentes, inovadoras e dinâmicas.
[...] Não pode haver construção do saber, se não se joga com o conhecimento. Ao falar de jogo, não estou fazendo referências a um ato, nem a um produto, mas a um processo. Estou me referindo a esse lugar e tempo que Winnicott chama espaço transicional, de confiança, de criatividade. Transicional entre o crer e o não crer , entre o dentro e o fora. O espaço de aprendizagem "não pode ser situado na realidade psíquica interior do indivíduo, porque não é um sonho pessoal: além disso forma parte da realidade compartilhada. Tampouco se pode pensá-la ( a área da experiência cultural), unicamente em função de relações exteriores, porque acha-se dominada pelo sonho. Nesta entram ... o jogo e o sentido do humor. Nesta área todo bom intelecto está em seu elemento de prosperar. (Fernandez,1991 p.165)
A citação acima preocupa-se com o principal objeto de intervenção, que é o próprio jogo, na qual o psicopedagogo se interessa pelos procedimentos, ou seja, os meios, que o jogador utiliza e constrói, possibilitando uma aproximação ao mundo mental da criança que necessita de uma educação especial, facilitando-a suas ações no decorrer de suas ações ou jogadas. O jogo possibilita que a dimensão simbólica da criança se manifeste em fazer o que pode ser partilhado com o outro, resignificado e transformado.
Para Vygotsky (1993, p. 33):
Todos os seres humanos são capazes de aprender, mas é necessário que adaptemos nossa forma de ensinar.
O jogo possibilita que a dimensão simbólica da criança se manifeste em fazer o que pode ser partilhado com o outro, resignificado e transformado. Através de jogos, é possível trabalhar a afetividade e o social, desenvolvendo assim a criatividade da criança com necessidade da educação especial. Recomenda-se que o professor, em conjunto com a equipe da escola reflita sobre a estrutura cognitiva, afetiva e social do aluno afinal para psicopedagogia a aprendizagem baseia-se no equilíbrio dessas estruturas.
O jogo, deve ser oferecido com a finalidade de facilitar os exercícios escolares e deve ser visto como um encaminhamento ao trabalho, uma ponte entre infância e a vida adulta.
IV- CONCLUSÃO:
Hoje se vê que as tendências atuais em matéria de educação especial caminham claramente no sentido da promoção da escola para todos, ou seja, a escola inclusiva, a qual se ajusta a todos os alunos independentemente das suas condições físicas, sociais, étnicas, religiosas, lingüísticas, ou outras. Uma escola que aceite as diferenças, que apóie as aprendizagens, promovendo uma educação diferenciada, que responda as necessidades individuais de cada aluno.
A inclusão surge no cenário educacional como uma nova perspectiva que envolve rever concepções a respeito da educação, do ensinar e do aprender. Com ela emergem vários questionamentos sobre o que fazer e como fazer. Em meio a isso, o professor, é levado a questionar-se sobre os saberes necessários para trabalhar com crianças com necessidades educacionais especiais, considerando que não dispôs de formação para tal. A inclusão é, portanto, uma inovação que implica num esforço de atualização e reestruturação das condições atuais da memória das escolas brasileira. Para uma efetiva implementação do modelo inclusivo na educação, se faz necessário uma profunda reorganização escolar, que vai muito além de aceitar crianças deficiente na escola ou até mesmo realizar adaptações físicas ou curriculares de pequeno porte, que se restrinjam à sala de aula, sem, conteúdos, contribuir para que haja uma real transformação da dinâmica dos processos pedagógicos, nem da qualidade das relações estabelecidas na instituição escolar. Para isso as adaptações são necessárias, uma vez que ainda estamos no difícil processo de aprender a lidar com as diferenças. Porém, antes de pensar em adaptação curricular é necessário pensar nos conceitos e ter a certeza de que a inclusão implica numa nova postura da escola comum, que propõe desde o seu projeto político pedagógico, no próprio currículo, na metodologia de ensino, na avaliação e na atitude dos educandos, ações que favoreçam a inclusão. Essa reorganização requer, entre outras medidas, a redução do número de alunos por turmas, nova infra-estrutura, e a construção de novas dinâmica educativas. A complexidade envolvida nesse processo reforça a importância da dos professores, que se torna um fator importantíssimo a partir deste principio é que a escola capacita seus professores para oferecer uma educação de qualidade para todos, inclusive, para os educando com necessidades especiais, o professor não pode ficar fechado naquele seu fazer, naquelas coisas que aprendeu quando teve lá magistério quando fez sua graduação. O professor tem que estar a cada dia se preparando e absorvendo conteúdos que faça a diferença dentro de sala de aula e que este conteúdo possa ser usado com a diversidade não exclusivo com alguns alunos. Com isso, aprender a trabalhar com a inclusão é um desafio para os docentes e para escola de modo geral, que necessitam criar meios para aprender a trabalhar nessa perspectiva. Assim, o professor, cuja função e ensinar, tem também a necessidade de aprender.
O planejamento deve passar por uma melhoria para com isso ter um bom funcionamento dos sistemas de ensino e com qualificação crescente do processo pedagógico, para a educação especial o professor precisa de uma formação com qualidade, serviços de apoio pedagógico público e privado especializado para o desenvolvimento educacional dos alunos.
É necessário que haja uma conscientização por parte de todos para que aconteça a inclusão, uma inclusão de verdade em todas as escolas e instituição de educação, começando pelo projeto pedagógico que envolva a instituição a família e principalmente o aluno com necessidades especiais, visando o seu melhor desenvolvimento dentro e fora da instituição.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
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GLAT. R & FERREIRA, J. R; OLIVEIRA, E. da S. G. & SENNA, L. A. G. Panorama
Nacional da Educação Inclusiva no Brasil. Relatório de consultoria ]técnica, Banco Mundial, janeiro de 2005.
SANTOS, M. P.dos A inclusão da criança com necessidades educacionais especiais.
VYGOTSKY, Lev S the colleet Works of L.S Vygotsky; the fundamentals of defectology. New York, London: pleunum press, 1993. 2v.
GOTTI, M. de O. Fórum: Surdos e ouvintes juntos. In Revista Nova Escola, ano XVII, nº 152, p. 09.
ALMEIDA, Ney Luiz Teixeira. A Inclusão que Funciona: Revista do Professor 09/2003
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CAROLINA Iris A Inclusão que Funciona: Revista do Professor | Vitória/ES 09/2003
GUIMARÃES,Arthur, A Inclusão que dá certo. In: Revista Nova Escol. Editora
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DUTRA, Claudia pereira. Inclusão: Diversidade também se aprende na pré-escola.
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Sites pesquisados:
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www.webartigos.com/ Acesso 05/10/2009;
www.educacaoonline.pro.br./ Acesso 07/10/2009;
www.educaçãoonline.pro.br / Acesso em 02/04/2010;
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