quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
TRABALHOS APRESENTADOS
O TRANSPORTE SOCIAL URBANO E A HIERARQUIZAÇÃO DOS MODELOS DE VEÍCULOS NA MUDANÇA DE ATITUDE DOS USUÁRIOS
Dra. Maria Helena Rodrigues Navas Zamora – UNIVERSO/RJ
Mestranda Christiane Maria Costa Carneiro Penha – UNIVERSO/RJ
Ms. Antonio Ricardo Penha – CESUMAR/PR
chpenha.penha@gmail.com
RESUMO
Este trabalho foca os estudos sobre o crescimento das cidades e da população urbana, associando a este crescimento os problemas para o deslocamento desta população, em virtude dos poucos projetos que resolvem de fato as causas dos conflitos existentes nas vias urbanas que facilitaria a chegada dessa massa de servidores aos locais de compromissos ou de lazer, considerando neste contexto, a livre escolha do tipo de veículo empregado nesta ação.
A escolha e ocupação dos assentos dos veículos de transporte ainda não é uma opção democrática, antes, é definida pela necessidade dos moradores que sobre esta ou aquela condução por sua agilidade, segurança e preço. Para estabelecer uma ponte de entendimento sobre o futuro do transporte social urbano é necessário conhecer a sua função primária de ligar os vários pontos da cidade entre os grandes centros e periferias, em tempo de oferecer suporte de passagens nas vias congestionadas pelo volume de trafego.
Estamos centrados nos estudos da globalização e nos resultados que aproximam sujeitos de diferentes localidades onde o conceito de centro e periferia não mais existe, e que Santos (2002), afirma não mais permitir aplicar noções de proximidade ou distância, se levado em conta o aumento da população e a mudança de trabalhadores para os grandes centros urbanos e subúrbio, em áreas de moradias que ultrapassam 50 km de distância dentro da mesma cidade.
Enquanto professores atuando em quatro diferentes cidades deste Estado Nilópolis, Belford Roxo, Rio de Janeiro e Niterói somos provocados a disputar com outros profissionais os espaços disponíveis nos ônibus, barcas, trens da Super via e do Metrô para chegarmos às instituições de ensino sem atrasos. A nossa estratégia para isso, consiste em utilizar mais de um veículo através das integrações trem/metrô, Trem/ônibus, Metrô/ônibus e barcas que tenham linhas próximas da nossa residência e das escolas que são o nosso destino.
A construção de um programa individual de milhagem pode ser favorável a todo cidadão que planejar o seu roteiro de viagens pela cidade antecipadamente. Principalmente se considerar os valores do bilhete único referente ao transporte integrado, que reduz o valor final de duas passagens para uma. Ou seja: trem (R$2,50) + metrô (R$2,85) = R$3,80 (valor com desconto), ao invés de R$5,35 que seriam cobrados sem a integração.
O método para poupar tempo e dinheiro com o transporte urbano leva em conta a dinâmica da empresa em oferecer soluções contra os transtornos decorrentes do trânsito. Assim verificar antecipadamente as linhas que oferecem menos paradas, rotas que utilizam corredores expressos e baldeações com terminais de integração pode ser uma alternativa viável.
A mudança de atitude dos usuários acontece neste espaço, quando se verifica a preferência hierarquizada dos modelos de transporte, uma vez que os chamados frescões (ônibus executivos), vãs legalizadas e taxis compartilhados desfilam pela cidade, com preço mais alto de passagens em virtude de oferecer serviços de bordo que permite ao usuário conforto suficiente para não sentir a problemática do trânsito. A maioria dos passageiros que utilizam esses veículos aproveita o tempo para dormir, ler jornal ou simplesmente adiantar o serviço com ligações telefônicas e leitura do expediente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MARICATO, E. Habitação e Cidade. São Paulo: Atual Editora, 1997.
SANTOS, M. O espaço dividido. Os dois circuitos da economia urbana dos países subdesenvolvidos. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1979 (Coleção Ciências Sociais).
SANTOS, M. Por uma outra globalização. São Paulo: Record, 2000.
VESENTINI, J. W. Sociedade e Espaço. São Paulo: Editora Ática, 1992.
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