sábado, 15 de novembro de 2014
A escola no contexto indígena: fronteira e tensões.
SEMINÁRIO:
De 24 a 26 de novembro de 2014, das 9h30 às 17h, no Salão Nobre da FE-Unicamp.
Programação: (http://www.fe.unicamp.br/servicos/eventos/2014/escola-contexto-indigena.pdf).
Inscrições: (http://www.fe.unicamp.br/dform/gera.php?form=indigena).
Realização: Grupo de Pesquisa em Educação, Linguagem e Práticas Culturais (Phala/FE-Unicamp).
Fonte: Associação de Leitura do Brasil.
Atitude e Superação: alfabetizadora, aprendeu a ler e escrever aos 36 anos.
(Crédito: Arquivo IPF).
Ana Luísa Vieira, do Promenino, com Cidade Escola Aprendiz.
“Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender”
Paulo Freire, no livro “Pedagogia da Autonomia”.
Dona Maria da Penha é lembrada na comunidade de Santa Rita, localizada em Nova Iguaçu, município da Baixada Fluminense, Rio de Janeiro, por ser imbatível nas contas. Vendedora de doces, a senhora de 86 anos conquista pela conversa e pelos preços camaradas. Em 2012, durante um bate-papo de fim de tarde, uma de suas freguesas, Laudiceia Ferreira da Cruz, mais conhecida pela vizinhança como Lalá, notou que Maria, tão eficaz na hora de lidar com o dinheiro, não sabia ler nem escrever.
Lalá não teve dúvidas: convenceu a doceira a se matricular em um grupo de alfabetização de jovens e adultos que se reunia na igreja do bairro. “Dona Maria fez parte da minha primeira turma de educandos. A força dela é inspiradora para mim”, emociona-se a alfabetizadora do Projeto MOVA-Brasil, de 46 anos.
A história de vida de Lalá cruza-se com a de Maria em outro aspecto: ela própria só conseguiu se alfabetizar quando adulta, há dez anos, também graças ao MOVA-Brasil.
Mais de 13 milhões de brasileiros acima dos 15 anos ainda são analfabetos, aponta a mais recente Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). O estudo mostra ainda que 53,6% dessas pessoas moram na Região Nordeste. O Sudeste está em último lugar nessa lista. No estado do Rio de Janeiro, onde Laudiceia nasceu, a taxa de analfabetismo é de 4,95%. Na Paraíba, terra natal dos pais de Lalá, o problema atinge 18,62% da população.
De alfabetizanda a alfabetizadora
O trabalho infantil fez Laudiceia se afastar da escola. “Minha família era muito pobre e não tinha a noção que hoje eu tenho, de que o trabalho infantil faz muito mal. Trabalhar roubou o meu direito aos estudos quando criança”, afirma. Aos 11 anos, ela deixou o colégio. Estava na 2ª série, ainda aprendendo a escrever. Precisou se desligar para ajudar no sustento da casa. Ela e os quatro irmãos dividiam os pares de chinelo e o único ovo do almoço. Passou a trabalhar como cuidadora de uma idosa. Depois, arranjou um emprego de babá e também foi empregada doméstica. “Quando fiz 15 anos, cheguei a morar na residência dos meus patrões. Via minha família a cada 15 dias.”
O analfabetismo lhe causava problemas cotidianos. Não conseguia preencher uma simples ficha de emprego, tampouco ler o letreiro dos ônibus. “Muita gente maldosa me indicava o transporte errado. Hoje, se eu puder, até levo a pessoa ao local desejado se percebo que ela tem o mesmo problema que eu tinha”, conta.
A oportunidade de voltar à sala de aula veio quando Lalá tinha 36 anos. À época, já era mãe de quatro filhos (Julio Cesar, Juliana, Priscila e Mariana) e estava grávida de Letícia – o caçula, Renato, nasceu menos de dois anos depois. “Todos eles tiveram a chance que eu não tive na infância, a de estudar”, ressalta orgulhosa.
Lalá se lembra bem de como o MOVA apareceu em sua vida. “Uma alfabetizadora bateu lá em casa perguntando se eu não tinha interesse em retomar os estudos. Achava difícil, já tinha passado dos 30, minhas meninas eram pequenas. A moça foi insistente... Ela me incentivou a ponto de conseguir um carrinho de bebê, para que eu pudesse levar a Mariana do trabalho até a sala de aula”, relembra, contando que as outras crianças ficavam com a avó.
Foi a educadora Lucilene Michele de Azevedo quem atentou para a dificuldade da família. Ela deixou uma lição prática, da qual Lalá jamais se esqueceu – a mesma que faz questão de repassar a seus alfabetizandos: “Saiba que tudo o que se planta dá”.
A fim de melhorar a alimentação da família, fez uma horta no quintal e passou a vender verduras. Conheceu também uma ONG, chamada Rede de Mulheres, que estimula a ajuda mútua entre as moradoras do bairro. Uma das atribuições do MOVA é fazer o educando entender a própria comunidade e se sentir parte dela, o que Paulo Freire chamava de Leitura do Mundo.
Uma nova realidade
“O jeito cidadão do MOVA me incentivou a voltar a estudar e a entender o mundo. Até então, eu não sabia quais eram meus direitos e deveres”, diz Lalá, sem se esquecer do dia em que aprendeu a letra L. “Chorei muito e olhava o papel sem parar. Decidi me esforçar para aprender logo o nome dos meus filhos. A cada aula, eu me envolvia mais.”
O curso de alfabetização do MOVA, de sete meses, a preparou para o Supletivo. Anos depois, quando soube que Lalá o havia concluído, Lucilene Michele novamente bateu à sua porta. Dessa vez, para convencê-la a fazer um teste de capacitação para ser alfabetizadora do MOVA-Brasil.
E assim a história se fez. Lalá ganhou sua primeira turma em 2012. “A metodologia de Paulo Freire é diferenciada. No MOVA há roda de conversa, Círculos de Cultura... Os temas geradores das aulas são relacionados ao dia a dia dos adultos. Tanto o educador quanto o educando são participativos e presentes. É um método que nos torna cidadãos.”
Em 2012, Lalá tinha 20 nomes na lista de chamada. Nesta segunda turma, de 2014, são 19 alfabetizandos. “Fiquei famosa no bairro por ter aprendido a exigir os meus direitos. Antes, eu era muito quieta. Hoje participo até de panelaço, se for preciso. Muita gente me procura para que eu ajude a tirar documento, a conseguir vaga no hospital. Ano que vem, quero fazer faculdade de Serviço Social. É um grande sonho! Acho que levo jeito, né?”.
O que é o MOVA-Brasil?
Criado em 2003, é um projeto do Instituto Paulo Freire (IPF), em parceria com a Petrobras e a Federação Única dos Petroleiros (FUP). Tem atuação em 11 estados e já formou mais de 200 mil brasileiros, além de 10 mil alfabetizadores. A base do MOVA-Brasil é o MOVA-SP, lançado em 1989, época em que o educador Paulo Freire (1921-1997) foi secretário municipal de Educação de São Paulo. Em 2012, a presidente Dilma Rousseff sancionou a Lei 12.612, que declara Freire como Patrono da Educação Brasileira.
Fonte: Fundação Promenino. Acesso em http://www.promenino.org.br/noticias/reportagens/vitima-do-trabalho-infantil-laudiceia-cruz-hoje-alfabetizadora-aprendeu-a-ler-e-escrever-aos-36-anos?utm_source=emailmanager&utm_medium=email&utm_campaign=Boletim_93
segunda-feira, 10 de novembro de 2014
“Ensinar e Aprender: coordenação pedagógica e formação docente”.
Trata-se da Mesa-Redonda "Coordenação Pedagógica e Formação Docente". Convidadas: Patrícia Regina Infanger Campos (Doutoranda Gepec/FE-Unicamp), Adriana Stella Pierini (Gepec/FE-Unicamp) e Profa. Dra. Ana Maria Falcão de Aragão (FE-Unicamp).
Lançamento do livro “Ensinar e Aprender: coordenação pedagógica e formação docente”, de Patrícia Regina Infanger Campos (Ed. Loyola, 2014).
Data: 09 de dezembro de 2014.
Horário: 19h às 21h.
Local: Salão Nobre da FE-Unicamp.
Realização: Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Continuada (Gepec/FE-Unicamp).
Inscrições em http://www.fe.unicamp.br/dform/gera.php?form=coordped
domingo, 2 de novembro de 2014
Neuropsicologia - Curso Virtual.
Objetivo:
-Propiciar conhecimentos básicos referentes às funções cerebrais, seus mecanismos e processos;
-Conhecer as principais patologias do sistema nervoso central e suas correlações anátomo- funcionais;
-Investigar o funcionamento cerebral através da avaliação neuropsicológica e fazer inferências sobre as habilidades e dificuldades de um paciente;
-Estabelecer a presença ou não de disfunção cognitiva através da avaliação neuropsicológica;
-Auxiliar o médico solicitante no diagnóstico diferencial;
-Contribuir para o planejamento de um tratamento através da investigação das forças e fraquezas de um paciente;
-Acompanhar a evolução de quadros neurológicos em relação ao tratamento medicamentoso, cirúrgico ou de reabilitação.
Unidades de Estudo Módulo I:
-Neuroanatomia para neuropsicólogos - Conceitos Anatômicos Básicos em Neuropsicologia
-Especializações das funções da córtex cerebral
-Especialização hemisférica--Principais patologias do SNC.
Módulo II - Neuropsicologia:
- Aspectos históricos e situação atual;
-Aspectos metodológicos e instrumentais da avaliação neuropsicológica (objetivos, indicações, baterias fixas e flexíveis, vantagens e desvantagens, escolha do instrumento, etc).
Módulo III - Memória:
-Síndromes amnésticas e distúrbios de memória nas demências;
-Envelhecimento normal e patológico;
-Memória e depressão, Doença de Alzheimer, Parkinson, TDAH, etc
-Avaliação neuropsicológica da memória;
-Interpretação qualitativa e quantitativa dos dados.
Módulo IV - Funções executivas:
-Neuroanatomia dos lobos frontais;
-Funções executivas ( processos cognitivos de iniciação, planejamento, produção de hipóteses, formulação de um objetivo, flexibilidade cognitiva, regulação, julgamento, utilização de feedback, síntese, atenção e auto- percepção);
-Alterações comportamentais e lobos frontais;
-Avaliação neuropsicológica das funções executivas e dos distúrbios comportamentais.
Módulo V - Linguagem:
-Processamento da linguagem- Modelos anátomo-funcionais;
-Neuropsicologia da linguagem;
-Quadros afásicos;
-Avaliação da linguagem expressiva e compreensiva (fluência verbal, nomeação, compreensão e leitura escrita).
Módulo VI - Percepção (gnosias), praxias e habilidades visuoconstrutivas:
-Processos perceptivos e sua correlação anátomo- funcional;
-Agnosia visual, auditiva, astereoagnosia, negligências unilaterais, etc), tipos de apraxias, etc;
- Avaliação dos distúrbios de percepção, apraxias e distúrbios visuoconstrutivos.
Módulo VII - Neuropsicologia Infantil:
-Neuropsicologia do desenvolvimento
-Distúrbios de aprendizagem
-Avaliação neuropsicológica infantil.
Módulo VIII - Demências e Práticas em Avaliação:
-Demências corticais (DA, Fronto-temporais, etc)
-Demências sub-corticais( Parkinson, etc)
-Outras demências
- Estudo de casos clínicos
- Vídeos comentados de avaliações neuropsicológicas.
Bibliografia Básica:
-Lezak,M.D. Neuropsychological Assessment
-Compêndio de Neuropsiquiatria, Yudofsky S, Hales R- Artes Médicas,1996
-Fundamentos da Neurociência e do comportamento, Kandel Eric
-Neuropsychiatry, Neuropsychological, and Clinical Neuroscience, R, Joseph
-Principles of Behavioral and Cognitive Neurology, Mesulan.
Realização Ciclo CEAP - Centro de Estudos Avançados de Psicologia.
Há 24 anos capacitando e desenvolvendo pessoas
Outras informações Av. Contorno, 4852 - 9º Andar - Funcionários - Belo Horizonte / MG - 30110-032
Tel.: (31)3221.9071 e no site www.cicloceap.com.br
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