domingo, 29 de junho de 2014
O novo mercado de trabalho.
Por João Oliveira.>>
O ambiente no mercado de trabalho vem mudando bastante nos últimos anos, principalmente, após o surgimento dos sistemas de gestão. Afirmar que a culpa pela recente transformação é somente obra da tecnologia que cria, a cada instante, novas ofertas de serviço, que necessitam de ágeis operadores, também seria um exagero. Outras circunstâncias alteram o perfil do corpo laboral atual como formação e a busca por uma melhor qualidade de vida.
Para começar este tema temos um setor de RH que se depara com o enfrentamento de uma C.O. (cultura organizacional) fracionada pelas gerações: Geração Y (16-30 anos); Geração X (31-46 anos); Baby Boomers (47-65 anos) e os Tradicionalistas (66-86 anos). Cada qual com o seu perfil e universo próprios, dividindo o mesmo espaço na instituição. São conhecimentos técnicos e experiências de vida cruzando corredores sem compartilhar, devidamente, seus conteúdos.
Quando a empresa está mais voltada para o ambiente tecnológico, muitas vezes, a geração Y é preferida em relação às outras. Isso ocorre pela falsa ideia que as gerações anteriores têm dificuldade em lidar com o mundo moderno, altamente ligado às parafernálias eletrônicas. Verdade é que todos podem ter o mesmo desempenho com boa vontade e treinamento adequado. As propostas de nivelamento interno, por meio de cursos rápidos, deve manter uma agenda cheia de possibilidades.
Outro argumento para essa preferência pela geração Y seria a possibilidade de crescimento interno, com uma formação genuína dentro da C.O. estável. No entanto, as pesquisas mostram que, em quase todo mundo, os jovens desenvolvem planos de carreira e fazem investimentos de tempo em algumas empresas como forma de galgar espaços maiores no mercado com a experiência adquirida. Estabilidade já não é a palavra chave para quem está iniciando.
Assim o moderno empreendedor deve atentar para alguns pontos importantes para atrair colaboradores de talento para sua empresa. Enumeramos alguns:
1) Contrato de trabalho: Deve ser apresentado logo durante o processo de recrutamento e seleção para evitar surpresas desagradáveis para o colaborador. Os pontos chaves devem ser discutidos verbalmente e, claro, de forma assertiva com uma comunicação clarificada. O velho questionamento: “Você entendeu o que está escrito?” é mais do que válido neste momento.
2) Remuneração estratégica: Uma modalidade cada vez mais em uso. Observando os valores pagos no mercado para posições similares, é feito um percentual mínimo e máximo para o cargo (mediana e quartis). Para iniciantes, o valor gira em 80% do valor médio de mercado e, para os expoentes, dependendo da complexidade e responsabilidades do cargo, pode chegar a 125%. Além disso, a remuneração indireta (planos de saúde, auxílio-farmácia etc) fazem toda diferença na hora da captação de um bom colaborador.
3) Jornada de trabalho: ponto mais mutável da atualidade. Hoje, existe a chamada “jornada flexibilizada” e o já famoso home office. Inovar para apresentar resultados é algo amplamente discutido, novos perfis de jornada de trabalho estão ganhando mais adeptos a cada dia. Para fugir dos congestionamentos e dar qualidade de vida aos seus funcionários, todos os dias mais empresas alteram seu quadro de horários. Os funcionários evitam congestionamentos e, ainda, podem aproveitar os primeiros momentos da manhã para atividades físicas.
4) Setor de RH forte: o coração de uma empresa é um bom setor de, RH que reúne profissionais das áreas de Comunicação, Recursos Humanos, Administração, Marketing, Psicologia e outros. Uma equipe multidisciplinar capaz de observar a C.O. no dia a dia e estar pronta para apresentar propostas de intervenção aos gestores a cada nova demanda. Promovendo treinamentos constantes, mobilizando recursos motivacionais, o RH desta nova geração de mercado não compete com o concorrente e, sim, com ele mesmo. Este elemento na instituição preserva o maior patrimônio de qualquer empresa: o corpo laboral.
Novas janelas de oportunidades são abertas a cada dia. Algumas cidades sofrem com a falta de mão de obra especializada e a “importação” de profissionais já é uma realidade, tornando o recrutamento algo totalmente diferente das décadas passadas, pois o movimento agora é inverso: “a montanha vai até Maomé”.
A ideia que prevaleceu até recentemente, onde a procura por postos de trabalho movia um enorme contingente de profissionais, está se tornando uma velha lembrança. Colocar o colaborador certo no cargo perfeito é a problemática do momento. Manter este bom profissional no ambiente corporativo propõe uma superação de novos desafios.
Com este pensamento, o novo líder deve lançar seu olhar crítico em todas as direções. Estando munido de informação qualificada e atualizada a todo instante, ao lado do RH multifacetado, este gestor agrega pela empatia mais que pela gratificação somente. Lembre-se que, para os bons profissionais, sempre existirá alguém disposto a pagar mais.
Estar atento aos ventos das mudanças não é mais uma questão de navegação e, sim, de permanecer dentro do navio.
quinta-feira, 26 de junho de 2014
VI Seminário Internacional Fronteiras...
Data e local:
O evento será realizado na Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) entre os dias 22 e 24 de setembro de 2014.
Objetivos do evento:
Promover a reflexão e o diálogo entre pesquisadores e representantes de movimentos sociais de diferentes estados do Brasil e de diferentes países sobre relações étnico-raciais, gênero e desigualdade social na educação; fomentar o fortalecimento e a formação de redes de pesquisa regionais, nacionais e internacionais que tenham como foco relações étnico-raciais, gênero e desigualdade social na educação; e socializar e fomentar a produção de práticas inovadoras no campo da educação, sobretudo em relação às relações étnico-raciais, gênero e desigualdade social na educação.
Público-alvo:
O público-alvo do seminário são pesquisadores, educadores, acadêmicos de graduação e pós-graduação, lideranças e membros de movimentos sociais populares, representantes de órgãos públicos e outros.
COMITÊ CIENTÍFICO:
Drª Adir Casaro Nascimento (UCDB),
Dr. Aloísio Jorge de Jesus Monteiro (UFRRJ),
Dr. Antônio Hilário Aguilera Urquiza (UFMS),
Dr. Ayas Siss (UFRRJ),
Drª. Beatriz dos Santos Landa (UEMS),
Drª Clarice Cohn (UFSC),
Drª Catherine Valsh (Universidade Andina Simón Bolívar),
Dr. Heitor Romeu Marques (UCDB),
Drª Graciela Chamorro (UFGD),
Dr. Heitor Queiroz de Medeiros (UCDB),
Drª Iara Tatiana Bonin (ULBRA),
Drª Jacira Pereira do Valle (UFMS),
Dr. José Licínio Backes (UCDB),
Dr. José Bessa Freire (UERJ),
Dr. Josemar De Campos Maciel (UCDB),
Drª Maria José de J. Cordeiro (UEMS),
Drª Maria Cristina Lima Lopes (UCDB),
Drª. Marina Vinha (UFGD),
Drª Marisa de F. Lomba de Farias (UFGD),
Drª Magda Sarat (UFGD),
Drª. Mônica Pechincha (UFG),
Dr. Neimar Machado de Sousa (UFGD),
Dr. Reinaldo Matias Fleuri (UFSC),
Drª. Ruth Pavan (UCDB).
Comissão organizadora:
Dra. Adir Casaro Nascimento,
Dr. Ahyas Siss (UFRRJ),
Dr. Antonio Hilário Aguilera Urquiza (UFMS),
Dr. Heitor Queiroz de Medeiros (UCDB),
Dr. José Licínio Backes (UCDB),
Dr. Reinaldo Matias Fleuri (UFSC),
Drª. Ruth Pavan.
Fonte: UCDB
Outras informações em http://www.gpec.ucdb.br/vifronteiras/local.html
sábado, 21 de junho de 2014
12ª Jornada de Educação Especial -
Ciência e Conhecimento em Educação Especial
Data:18 a 20 de agosto de 2014.
ENVIO DE TRABALHOS PRORROGADO ATÉ 23/06/2014.
PROMOÇÃO:
• Departamento de Educação Especial (FFC - UNESP - Marília).
Comissão Organizadora:
• Sadao Omote (Coordenador)
• Anna Augusta Sampaio de Oliveira
• Miguel Cláudio Moriel Chacon
• Maria Luiza Rodrigues Garcia (Secretária).
Comissão Científica:
• Lígia Maria Presumido Braccialli (Coordenadora) - UNESP/Marília
• Adriana Lia Friszman de Laplane - UNICAMP
• Alexandra Ayach Anache - UFMS
• Ana Lúcia Rossito Aiello - UFSCar
• Anna Maria Lunardi Padilha - UNIMEP
• Cecília Guarnieri Batista - UNICAMP
• Célia Regina Vitaliano - UEL
• Celso Socorro Oliveira - UNESP/Bauru
• Cláudia Regina Mosca Giroto - UNESP/Marília
• Débora Deliberato - UNESP/Marília
• Denise Meyrelles de Jesus - UFES
• Dionisía Aparecida Cusin Lamônica - USP/Bauru
• Dirce Shizuko Fujisawa - UEL
• Eduardo José Manzini - UNESP/Marília
• Elisa Tomoe Moriya Schlünzen - UNESP/Presidente Prudente
• Eliza Dieko Oshiro Tanaka - UEL
• Fabiana Cia - UFSCar
• Fabiana Cristina Frigieri de Vitta - UNESP/Marília
• Fátima Elisabeth Denari - UFSCar
• Fátima Inês Wolf de Oliveira - UNESP/Marília
• Francisco Ricardo Lins Vieira de Melo - UFRN
• Gilmar de Carvalho Cruz - UNICENTRO
• Jáima Pinheiro de Oliveira - UNESP/Marília
• José Geraldo Silveira Bueno - PUC/São Paulo
• Katia Regina Moreno Caiado - UFSCar
• Leila Regina d'Oliveira de Paula Nunes - UERJ
• Lúcia de Araújo Ramos Martins - UFRN
• Lucia Helena Reily - UNICAMP
• Maria Cândida Soares Del Masso - UNESP/Marília
• Maria Cristina Marquezine - UEL
• Maria da Piedade Resende da Costa - UFSCar
• Maria Júlia Canazza Dall’Acqua - UNESP/Araraquara
• Marilda Moraes Garcia Bruno - UFGD
• Marli Nabeiro - UNESP/Bauru
• Mary da Silva Profeta – UNESP/Marília
• Mônica de Carvalho Magalhães Kassar - UFMS
• Nerli Nonato Ribeiro Mori - UEM
• Olga Maria Piazentin Rolim Rodrigues - UNESP/Bauru
• Olinda Teruko Kajihara - UEM
• Regina Keiko Kato Miúra - UNESP/Marília
• Rita de Cássia Barbosa Paiva Magalhães - UFRN
• Rosangela Gavioli Prieto - USP/São Paulo
• Rosimar Bortolini Poker - UNESP/Marília
• Rossana Maria Seabra Sade - UNESP/Marília
• Sandra Eli Sartoreto de Oliveira Martins - UNESP/Marília
• Silvia Márcia Ferreira Meletti - UEL
• Silvia Regina Ricco Lucato Sigolo - UNESP/Araraquara
• Simone Ghedini Costa Milanez - UNESP/Marília
• Sônia Mari Shima Barroco - UEM
• Tárcia Regina da Silveira Dias - CUML
• Thelma Simões Matsukura - UFSCar
• Vera Lucia Messias Fialho Capellini - UNESP/Bauru
• Zilda Aparecida Pereira Del Prette - UFSCar.
HISTÓRICO:
A Jornada de Educação Especial foi concebida por um grupo de professores do Departamento de Educação Especial, Faculdade de Filosofia e Ciências, Universidade Estadual Paulista, campus de Marília, visando a: (1) discutir os avanços científicos em Educação Especial e refletir sobre o presente e o futuro da área; e (2) divulgar conhecimentos interdisciplinares produzidos em Educação Especial, com vistas ao aprofundamento de questões teóricas e práticas. A primeira edição ocorreu em 1993, com periodicidade anual. Atualmente a Jornada ocorre bienalmente, encontrando-se na sua décima segunda edição.
APRESENTAÇÃO:
A XII Jornada de Educação Especial, com tema oficial Ciência e Conhecimento em Educação Especial, tem o propósito de, além de debater temáticas variadas da área, dar ênfase às questões relacionadas à relevância científica e/ou social do problema investigado e aos procedimentos metodológicos, considerando a adequação e rigor no uso de delineamentos de pesquisa e na coleta e análise de dados.
Nessa perspectiva, está programada a Conferência Magna de abertura, sob o título Análise crítica da produção do conhecimento em Educação Especial. A proposta é a de fazer um pequeno balanço das pesquisas e produção do conhecimento em Educação Especial no Brasil. Outras atividades são propostas pelos grupos de pesquisa vinculados ao Departamento de Educação Especial, UNESP, campus de Marília, e pela Comissão Organizadora, voltadas para o tema oficial da Jornada.
Com o intuito de atender mais de perto o interesse dos congressistas na busca de conhecimentos específicos, estão programados minicursos, que tratam de assuntos variados, com a preocupação de oferecer, ainda que muito brevemente, algumas ferramentas de trabalho para o cotidiano de pesquisadores, estudantes e profissionais da área.
Na concretização do propósito de disseminação e debate dos conhecimentos recentes em Educação Especial, são programadas Sessões de Comunicação Oral e Sessões de Pôster.
Publico Alvo:
• Alunos de Graduação
• Alunos de Pós-Graduação
• Professores da Rede Pública de Ensino
• Demais Profissionais e Pesquisadores
LOCAL DE REALIZAÇÃO:
Fundação de Ensino Eurípides Soares da Rocha - UNIVEM.
Auditório Aniz Badra.
Avenida Hygino Muzzi Filho, 529 – CEP. 17525-901 – Campus Universitário (Entrada pelo estacionamento: Rua Adão Stroppa s/nº.)
Outras informações em http://www.fundepe.com/jee2014/
domingo, 15 de junho de 2014
CONFERENCISTA CONVIDADO: Antônio Ioris, Universidade de Edimburgo, Escócia.
Este ano nosso conferencista convidado é o Professor Antônio Augusto Rosotto Ioris, da Escola de Geociências da Universidade de Edimburgo e Pesquisador Visitante Especial do Programa Ciência Sem Fronteiras. Possui graduação em Agronomia (UFRGS, 1992), mestrado em Environmental Change and Management (Oxford, 1999), mestrado em Research Methods in Human Geography (University of Aberdeen, 2003) e doutorado em Geography and Environment (PhD, University of Aberdeen, 2005). Trabalhou como analista senior de políticas públicas para o meio ambiente na Scottish Environment Protection Agency (SEPA) e também como consultor da UNESCO. Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Geografia Econômica, atuando principalmente nos temas de gestão de recursos hídricos, conflitos socioambientais e ecologia política. Possui uma extensa lista de publicações, que estão disponíveis em http://www.geos.ed.ac.uk/homes/aioris ***
Estão abertas as submissões de trabalhos para o IV SEMINÁRIO DE JUSTIÇA AMBIENTAL, IGUALDADE RACIAL E EDUCAÇÃO.
Para inscrever seu trabalho basta preencher o formulário de submissão no endereço http://ivsemijaire.blogspot.com.br no qual você digitará o título da comunicação, o resumo (com até 500 palavras), três palavras-chave e os dados dos autores.
O prazo para submissão do formulário com o resumo é 15 DE JULHO DE 2014.
As atividades do evento obedecerão ao seguinte cronograma:
• LANÇAMENTO DO EVENTO - 10 de janeiro de 2014
• PRAZO FINAL PARA ENVIO DE RESUMOS - 15 de JULHO de 2014
• DIVULGAÇÃO DOS RESUMOS SELECIONADOS - 01 de AGOSTO de 2014
• ENVIO DOS TRABALHOS COMPLETOS - 31 de AGOSTO de 2014
• SOLICITAÇÃO PARA LANÇAMENTO DE LIVROS, APRESENTAÇÃO DE FILMES, DOCUMENTÁRIOS E EXPOSIÇÕES - 01 de agosto de 2014
• ABERTURA DO EVENTO - 18 de agosto de 2014.
Esperamos que o IV SEMIJAIRE seja um espaço de encontro, diálogo e mobilização, potencializando membros do poder público e da sociedade civil para enfrentar as injustiças, trilhando novos caminhos e reconhecendo possibilidades para a transformação social.
Esperamos contar com a presença de todos!
Saudações cordiais,
Comitê Executivo.
Fonte:
Seminário de Justiça Ambiental, Igualdade Racial e Educação. Acesso em http://ivsemijaire.blogspot.com.br
terça-feira, 10 de junho de 2014
O desempenho dos cotistas do ENEM - comparando as notas de corte do SISU.
Texto de discussão GEMAA
O Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (GEMAA), do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Uerj (IESP-Uerj), tem o prazer de trazer a público o texto de discussão nº 4 "O Desempenho dos Cotistas no ENEM: comparando as notas de corte do SISU".
O texto analisa e compara os padrões de notas obtidas no ENEM pelos estudantes que se candidataram às cotas nas instituições públicas de ensino superior com aqueles que optaram pelas vagas de ampla concorrência via Sistema de Seleção Unificada (SISU). Os dados do SISU indicam que os temores em relação ao desempenho dos cotistas no ENEM são superestimados e que o desempenho dos cotistas é, de modo geral, próximo do desempenho dos não-cotistas. Ainda que tais diferenças variem de acordo com os diferentes grupos beneficiados pelas cotas, as notas de corte dos cotistas costumam ficar entre dois e sete pontos percentuais abaixo das notas de corte dos não-cotistas. Ao que tudo indica, o sistema de apostas e rodadas adotado pelo SISU contribui para que cotistas maximizem suas escolhas em função de suas notas.
Embora pequenas, essas diferenças de desempenho indicam ainda que as cotas para egressos de escola pública que são pretos, pardos ou indígenas e/ou possuem baixa renda são mais necessárias e prementes que a cota para egressos de escola pública, independentemente da cor ou renda. Os dados sugerem que cotas apenas para oriundos de escolas públicas não seriam suficientes para beneficiar estudantes pretos, pardos e indígenas e/ou de baixa renda, ao contrário do que costuma ser dito no debate público.
Por fim, a dinâmica das notas de corte revelou uma desfuncionalidade do sistema de cotas regulado pela lei 12.771 de 2012. Em 11% dos cursos, a cota não está apenas funcionando como um piso, mas também como um teto para a inclusão de egressos de escola pública, membros de famílias com baixa renda e não-brancos. Em alguns casos, o desempenho desses grupos supera substantivamente o desempenho dos não-cotistas. Mas apesar disso, a presença deles nos cursos fica restrita à cota determinada pela lei.
Por essa razão, assinala-se a urgência da introdução de mecanismos capazes de impedir que isso ocorra. Isso pode ser feito de forma razoavelmente simples. Basta garantir que os cotistas que ficaram abaixo da nota de corte das cotas em cada curso sejam também considerados para a ampla concorrência. Assim, se sua nota for maior do que a nota de corte da ampla concorrência, eles seriam admitidos, aumentando assim o número de estudantes oriundos de escola pública e pretos e pardos e indígenas. Ademais, esse procedimento garantiria que as melhores notas são melhor aproveitadas.
A presente análise coloca um aparente paradoxo. Por um lado, constatamos que a diferença das notas de corte de cotistas e não-cotistas é a relativamente pequena, o que pode dar a impressão que as cotas não estão sendo efetivas em produzir inclusão, afinal os beneficiados são quase tão bem sucedidos no ENEM como os candidatos da ampla concorrência. Por outro lado, nossos estudos mostram que a lei 12.771 está em avançado estágio de implantação, em alguns estados já se aproximando do limite de reservas especificados pela lei, ou seja, parece estar havendo de fato inclusão.
Outras Notícias:
Os resultados da pesquisa do GEMAA acerca do segundo ano de vigência da Lei 12.711 nas universidades federais foram divulgados pelo Globo, na matéria Tribunal declara legal plebiscito de Michigan que aboliu raça e gênero como critério de seleção.
Visite o site do GEMAA para ter acesso às publicações do grupo, levantamentos sobre as políticas de ação afirmativa e textos de discussão.
A única explicação capaz de resolver esse problema, evitando assim a perplexidade do paradoxo, é a de que a operação simultânea do SISU sob o regime da Lei de Cotas permite que a política funcione de maneira ótima, maximizando o mérito e a inclusão. Assim, entram os melhores possíveis (daí a pequena diferença de notas) e ainda assim são incluídos os percentuais de reserva cheios para cada grupo de beneficiários.
Para acessar e fazer download do texto, visite o site do GEMAA:
http://gemaa.iesp.uerj.br/publicacoes/textos-para-discussao/tpd4.html
sábado, 7 de junho de 2014
Mestrado em Sociologia e Ciência Política.
Divulgação IESP-UERJ
Editais para a seleção das turmas de mestrado em Ciência Política e
Sociologia, de 2015, já estão disponíveis em nosso site, na aba de pós-graduação.
Ciência Política:
http://www.iesp.uerj.br/wp-content/uploads/2014/06/2015-Edital-Mestrado-Ciencia-Politica.pdf
Sociologia:
http://www.iesp.uerj.br/wp-content/uploads/2014/06/2015-Edital-Mestrado-Sociologia.pdf
Site do IESP:
http://www.iesp.uerj.br/
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